Wednesday, March 12, 2008

São agora 6 e 50 da manhã...
Duas dezenas de cafés, 3 latas de uma qualquer bebida genérica do redbull e quase 2 maços de tabaco mais tarde, heis que me encontro em estado semi-catatónico em frente de um ecrã que insiste em irradiar uma irritante luminosidade branca. Escusado será dizer que o estado do meu sistema nervoso é tudo menos ... bom.
Ainda que num aparente estado vegetativo, consigo funcionar o minimo possível para saber que tenho de sair daqui antes de começarem a chegar pessoas! Digamos que socializar é um acto tremendamente dificil sob certas condições...
Estou pronto para largar este laboratório e enfrentar um encontro imediato com a minha cama, num confronto que se prolongará quanto for necessário até que as minhas pálpebras não se encerrem sozinhas, num movimento quase autónomo, diria mesmo independente, da vontade do meu (pouco activo) cérebro.
Pois é, como já devem ter percebido, aqui pelas bandas do cu de judas continua-se com aquele estilo de vida invejável, que envolve os omnipresentes tubinhos de plástico e as intermináveis horas naquela que se veio a revelar a minha segunda casa.
Mas falemos de coisas mais alegres.
O fim de semana que já lá vai, foi passado no coisinho mais velho. Sim, é verdade, 3 maravilhosos dias afastados da bancada do laboratório.
O "fim-de-semana" começou logo na sexta-feira de manhã, com um passeiozinho de barco (como quem diz, fomos às jaulas fazer amostragem).
Nada como matar uns quantos bacalhauzinhos num ambiente de camaradagem, com um ar saturado de cheiro a tripa de peixe, para me fazer esquecer os dias mais monótonos do laboratório, e obviamente trazer alegres recordações das semanas de praxe, que parecem agora tão distantes.
Matanças à parte, o resto do fim-de-semana até foi calmo. Não se fez grande coisa pelo coisinho mais velho, o que acentou perfeitamente, porque eu também não queria fazer grande coisa. O simples facto de não ter de congelar o cu cada vez que me apeteceu fumar um cigarro foi suficiente para me fazer passar um fim-de-semana paradisíaco.
Nada como me sentar calmamente no meu antro de meditação preferido (casa-de-banho) de cigarro no canto da boca a reflectir sobre as grandes questões da vida (como por exemplo, "temos de ir comprar cerveja antes que a loja feche"). Aproveito para vos deixar aqui uma amostra da paisagem do coisinho mais velho, vista precisamente a partir desse grande ponto de meditação.

Antes de me despedir, quero pedir desculpa pelos possíveis erros e frases sem sentido. Já tentei rever o texto algumas vezes, mas a partir da terceira linha as letras ganham vida própria e fogem insistentemente do meu campo de visão, transformando qualquer tentativa de leitura num desesperante esforço oftalmológico. Não dá mais. O que eu não dava por um SG Turbo...

Agora sim despeço-me, com um
Até breve

Kjell H.

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