Sábado, dia 5 de abril, ano de 2008, 9 e 45 da noite.
Acordo no meu quarto, com uma temperatura ambiente agradável... lembro-me daqueles despertares que se seguiam a grandes noites de sono bem passadas no Algarve, em que a moleza e o descanso nos fazem ficar deitados, espreguiçando esporadicamente, com um olhar vagamente catatónico pregado no tecto... memórias e pensamentos atravessando as sinapses trazem-me imagens de tudo e mais alguma coisa....
Já a meio do dia o meu ser tinha passado por uma experiencia algo similar... às 3 da tarde o sinal luminoso demasiado intenso já penetrava pela minha glândula pineal, despoletando uma cascata de sinais hormonais que eu sabia que me levaria a acordar. A minha vontade era de continuar a dormir, os membros entorpecidos e cansados da noite anterior passada no laboratório ainda não se tinham refeito e pediam urgentemente mais sono, mas a batalha para eles estava perdida. Pelo menos por enquanto. Tinha-me deitado eram 9 da manhã, e a meio da tarde, experimentava uma contradição de sentimentos, enquanto o meu corpo pedia mais sono, e o meu cérebro acordava. Aquele bocejar injectou-me a quantidade final de oxigénio que o meu cérebro pedia, e por agora, sabia eu, não havia volta a dar. Os membros iam ter de esperar.
Levanto-me naquele esforço, sacudindo as extremidades corporais e esfregando os olhos... Vejo o computador. A confusão que atravessa o meu quarto não me desperta nenhuma vontade de entrar em arranjos domésticos. Vou à rua, onde o dia apesar de solarento e azul, está frio.
A nicotina entra na corrente sanguínea, e mais uma vez estou de frente ao computador. Pelas 5 e 30 da tarde finalmente os membros ganham a batalha que à muito travavam com o cérebro, conduzindo-me para a cama. "vou só fechar os olhos por um bocadinho..."
E foi esta predisposição de acontecimentos que me fez acordar às 9 e 45 da noite, com a memória a divagar por tardes algarvias....
Acordei relaxado. Descansado, pode-se dizer... bem disposto. Rindo-me com facilidade das memórias que passavam pela vista, e com uma alegria no mínimo invulgar. A esta hora e depois de tão bom descanso, seria impossível voltar para a cama e acordar de manhã no dia a seguir.
Com tão boa disposição, ficar a noite inteira analisando ao pormenor as paredes do meu quarto também não se apresentava como uma opção...
Saio para a rua, em direcção à baixa. Pela primeira vez desde que voltei das férias de Natal, heis que me encontro a caminho da tão famosa "101" de Reykjavik, agitada rua, animada pelos estupores alcoólicos dos transeuntes a partir das 0 horas...
Sinto o frio a passar pela pele recentemente aquecida pela duche quente. Sinto que está frio, mas é um frio que sabe bem quando bate na cara. A largos passos dirijo-me para a paragem de autocarro ao fundo da rua... As cascatas verde-luminosas que rebentam no céu fazem-me parar, tentando inutilmente capturá-las com a minha máquina fotográfica. A paragem de autocarro estaria a pouco menos de 50 metros quando vejo o autocarro a passar... Olho para o relógio: "10:55" ... não pude deixar de pensar: "Filho da puta do autocarro veio antes do tempo, não vou esperar meia hora pelo próximo, vou a pé!"
Parando no caminho para comer alguma coisa, passaria pouco das 11 e 45 quando finalmente chego à "101".
A noite foi animada. Conversas surgiam do ar, com quem passava ou com quem estava. Corpos ondulantes ao som da música agitam-se aparentemente sem nexo, e os guinchos alcoólicos volta e meia lá se faziam ouvir, entre grupos que mais eufóricos lá contavam as suas histórias entre largas gargalhadas.
O caminho de regresso foi mais complicado... Frio e uma longa caminhada nunca sabem bem às 3 e 30 da manhã, mas chegando á cama, foi fácil cair num sono bem merecido.
Foi uma boa noite de sábado sim senhor...
Kjell H.
Sunday, April 6, 2008
Wednesday, April 2, 2008
Ora cá vai mais um.
Entretanto, a vida tem andado bastante calma pelo cú de judas. Acabaram-se as noitadas (por agora), e o trabalho tem avançado a passo de tartaruga. Isto por uma boa razão.... aparentemente, por estas bandas, os planeamentos experimentais fazem-se a meio das experiencias, ao invés de se fazerem no principio.
Resultado? Mais de metade do trabalho que tinha feito até agora foi em vão, o que resultou num ataque de fúria altamente bem controlado pela minha parte. Quando descobri que todas aquelas noites em branco e estilos de vida robóticos foram em vão, apeteceu-me começar a andar pelo laboratório a torcer pescoços indiscriminadamente. Achei que seria melhor ir a rua fumar um ou dois cigarrinhos para acalmar, ao menos assim sempre se evita uma possível condenação por múltiplo homícido.
Então e este novo planeamento... até nem é mau. Tivesse sido feito em janeiro, quando comecei a trabalhar nas respectivas amostras. Tivessemos feito este planeamento na altura, já estaria mais do que despachado por esta hora. Se bem que mais um mês e as coisas estão resolvidas, pelo menos temporariamente, entre mim e os meus eternos amigos tubinhos de plástico.
Porquê mudar de planeamento? Porque aparentemente só quando se chegou a esta altura, é que os meus superiores se aperceberam que tinham um orçamento relativamente limitado. Quando falei com o meu "patrão", disse em tom de suspiro: "Pois, a gente havia era de ter tido esta conversa em janeiro...". Ele respondeu "pois mas eu em Janeiro queria fazer tudo, e agora andam-me a dar na cabeça para poupar dinheiro, e olha, que remédio...". Não faz mal. Trabalhar para aquecer também é bom!
Entretanto já se perspectivam férias no horizonte, o que leva invariavelmente a uma contagem decrescente. Daqui a um mês estarei a caminho de Amesterdão, onde passarei algumas noites de relax na cidade do pecado. hehehehe... nada melhor para curar certas e determinadas frustrações laborais!
Depois, duas semaninhas na Tugolândia, perto da família, bichinhos de estimação, amigos e afins... Queria também pedir-vos o favor de encomendarem duas semanas de bom tempo para o principio de Maio.
Seria altamente agradável poder apanhar um solzinho, quem sabe, talvez até conseguiria afastar esta palidez fantasmagórica que se apoderou da minha pele.
Façam-me lá esse favor portanto, acho que não é pedir muito...
Entretanto passa-se mais uma tarde de quarta-feira sem fazer nada. Enquanto se espera pelo material chegar, é impossível fazer alguma coisa, portanto bloga-se, lê-se, fuma-se e bebem-se cafés. O normal no Cú de Judas.
Havemos de nos encontrar em breve minha gente!! hehehe =)
Saudações Cú de Judistas para todos,
Kjell H.
Entretanto, a vida tem andado bastante calma pelo cú de judas. Acabaram-se as noitadas (por agora), e o trabalho tem avançado a passo de tartaruga. Isto por uma boa razão.... aparentemente, por estas bandas, os planeamentos experimentais fazem-se a meio das experiencias, ao invés de se fazerem no principio.
Resultado? Mais de metade do trabalho que tinha feito até agora foi em vão, o que resultou num ataque de fúria altamente bem controlado pela minha parte. Quando descobri que todas aquelas noites em branco e estilos de vida robóticos foram em vão, apeteceu-me começar a andar pelo laboratório a torcer pescoços indiscriminadamente. Achei que seria melhor ir a rua fumar um ou dois cigarrinhos para acalmar, ao menos assim sempre se evita uma possível condenação por múltiplo homícido.
Então e este novo planeamento... até nem é mau. Tivesse sido feito em janeiro, quando comecei a trabalhar nas respectivas amostras. Tivessemos feito este planeamento na altura, já estaria mais do que despachado por esta hora. Se bem que mais um mês e as coisas estão resolvidas, pelo menos temporariamente, entre mim e os meus eternos amigos tubinhos de plástico.
Porquê mudar de planeamento? Porque aparentemente só quando se chegou a esta altura, é que os meus superiores se aperceberam que tinham um orçamento relativamente limitado. Quando falei com o meu "patrão", disse em tom de suspiro: "Pois, a gente havia era de ter tido esta conversa em janeiro...". Ele respondeu "pois mas eu em Janeiro queria fazer tudo, e agora andam-me a dar na cabeça para poupar dinheiro, e olha, que remédio...". Não faz mal. Trabalhar para aquecer também é bom!
Entretanto já se perspectivam férias no horizonte, o que leva invariavelmente a uma contagem decrescente. Daqui a um mês estarei a caminho de Amesterdão, onde passarei algumas noites de relax na cidade do pecado. hehehehe... nada melhor para curar certas e determinadas frustrações laborais!
Depois, duas semaninhas na Tugolândia, perto da família, bichinhos de estimação, amigos e afins... Queria também pedir-vos o favor de encomendarem duas semanas de bom tempo para o principio de Maio.
Seria altamente agradável poder apanhar um solzinho, quem sabe, talvez até conseguiria afastar esta palidez fantasmagórica que se apoderou da minha pele.
Façam-me lá esse favor portanto, acho que não é pedir muito...
Entretanto passa-se mais uma tarde de quarta-feira sem fazer nada. Enquanto se espera pelo material chegar, é impossível fazer alguma coisa, portanto bloga-se, lê-se, fuma-se e bebem-se cafés. O normal no Cú de Judas.
Havemos de nos encontrar em breve minha gente!! hehehe =)
Saudações Cú de Judistas para todos,
Kjell H.
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